O Rio Grande do Norte encerra a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) com um cenário fiscal preocupante. A dívida estadual alcançou R$ 6,34 bilhões em agosto de 2025 — um aumento de aproximadamente R$ 1,8 bilhão em comparação com o início do primeiro mandato da petista, em 2019.
Desse total, R$ 3,2 bilhões correspondem a dívidas contratuais, enquanto R$ 2,49 bilhões são relativos a empréstimos e outros compromissos de longo prazo. O cenário financeiro se agrava com a aproximação das eleições de 2026, quando Fátima deve deixar o cargo para disputar uma vaga no Senado, entregando o governo ao vice Walter Alves (MDB).
A transição ocorrerá em meio a graves desafios fiscais: alto comprometimento da receita com folha de pagamento, forte dependência de repasses da União e um déficit previdenciário persistente — fatores que limitam fortemente a capacidade de investimento do Estado.
No campo político, diversos nomes já se movimentam visando a sucessão estadual: Cadu Xavier (PT), Rogério Marinho (PL), Álvaro Dias (Republicanos) e Allyson Bezerra (União Brasil) estão entre os pré-candidatos cotados. A situação fiscal do Estado promete ser um dos principais temas da campanha.
Enquanto aliados da atual gestão argumentam que parte da dívida decorre de investimentos estruturantes e necessários para o desenvolvimento do Estado, a oposição critica o que considera uma falta de planejamento e alerta para o risco de endividamento excessivo.
Diante desse quadro, o próximo governo deverá adotar medidas duras, como renegociação de débitos e cortes de gastos, para reequilibrar as contas públicas e recuperar a capacidade de investimento do Estado.






