A paralisação dos trabalhadores terceirizados da empresa JMT, iniciada em 16 de setembro, tem gerado impactos significativos no funcionamento de hospitais estaduais em Mossoró, especialmente no fornecimento de alimentação a pacientes e funcionários.
De acordo com o coordenador do sindicato da categoria, Adjackson Carvalho, o movimento grevista foi intensificado no fim de semana devido à persistência de atrasos salariais. Os funcionários ainda não receberam o pagamento referente ao mês de agosto e acumulam quatro meses de atraso no vale-alimentação.
A situação atinge diretamente o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) — o segundo maior hospital público do Rio Grande do Norte — e o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, onde o número de trabalhadores responsáveis pela alimentação foi reduzido.
“Infelizmente, sem salários e com o vale-alimentação atrasado há tanto tempo, a categoria decidiu intensificar a greve. Sabemos que o impacto nos hospitais é grave, mas a situação dos trabalhadores também chegou a um ponto insustentável”, afirmou o representante sindical.
Medidas emergenciais
Apesar da paralisação, a direção dos hospitais tem adotado medidas paliativas para manter o fornecimento de refeições. A coordenadora dos hospitais estaduais em Mossoró, Saudade Azevedo, garantiu que, mesmo com o quadro reduzido, o HRTM conseguiu manter o serviço de alimentação em funcionamento.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou que os repasses financeiros à empresa JMT foram realizados na semana anterior à greve e que a compensação bancária — devido à utilização de instituições diferentes — pode levar até dois dias. A expectativa da Sesap é que os pagamentos comecem a ser regularizados no início desta semana.



